APOCYNACEAE

Orthosia arenosa Decne.

Como citar:

Lucas Moraes; Rodrigo Amaro. 2017. Orthosia arenosa (APOCYNACEAE). Lista Vermelha da Flora Brasileira: Centro Nacional de Conservação da Flora/ Instituto de Pesquisas Jardim Botânico do Rio de Janeiro.

EN

EOO:

2.758,179 Km2

AOO:

32,00 Km2

Endêmica do Brasil:

Sim

Detalhes:

Endêmica do estado do Rio de Janeiro (BFG, 2015). Coletada no município de Saquarema (Konno et al. 469), Maricá (D.S.D. Araújo 720) e Macaé (J.M.A. Braga 1149). Encontrada no Parque Nacional de Jurubatiba (N. Marquete 390) e na APA Massambaba (J. Fontella 3110).

Avaliação de risco:

Ano de avaliação: 2017
Avaliador: Lucas Moraes
Revisor: Rodrigo Amaro
Critério: B1ab(i,ii,iii)+2ab(i,ii,iii)
Categoria: EN
Justificativa:

A espécie de liana endêmica do estado do Rio de Janeiro (BFG, 2015) tem EOO=2410 km² e AOO=32 km². Ocorre em vegetação de restinga, no domínio Mata Atlântica (BFG, 2015), tendo sido encontrada nos municípios de Saquarema, Maricá e Macaé, com registros para o Parque Nacional de Jurubatiba e a Área de Proteção Ambiental (APA) de Massambaba. Com base em sua distribuição e ocorrência em unidades de conservação, são indicadas cinco situações de ameaça. A espécie encontra-se ameaçada principalmente pela ocupação irregular na APA de Massambaba (Santiago e Deslandes, 2011), pela destruição das restingas de Maricá (Holzer et al., 2004), que teve como consequência o declínio de espécies nativas dessa vegetação, e pela presença de efluentes de esgoto no interior do Parque Nacional de Jurubatiba (MMA/ICMBio, 2007). Esse conjunto de ameaças acarreta declínio contínuo de qualidade do hábitat, de EOO e de AOO.

Último avistamento: 2008
Quantidade de locations: 5
Possivelmente extinta? Não

Perfil da espécie:

Obra princeps:

Descrita em Prodr. [A. P. de Candolle] 8: 527. 1844

Ecologia:

Substrato: terrestrial
Forma de vida: liana
Luminosidade: heliophytic
Biomas: Mata Atlântica
Vegetação: Restinga
Fitofisionomia: Vegetação de Restinga
Habitats: 1 Forest
Detalhes: Liana, volúvel, trepadeira, terrícola, de ocorrência em Mata Atlântica, em vegetação de restinga (BFG, 2015). Segundo seus registros de coleta, trata-se de uma espécie, heliófila, com látex, (D.S.D. Araújo 720), semi-ciófila (Konno et al. 469), semi-umbrófila (J. Fontella 3110). Mais de um registro de coleta indica que a espécie é pouco frequente (Konno et al. 469; D.S.D. Araújo 720).
Referências:
  1. BFG (The Brazil Flora Group), 2015. Growing knowledge: an overview of Seed Plant diversity in Brazil. Rodriguésia 66(4):1085–1113. doi: 10.1590/2175-7860201566411

Reprodução:

Detalhes: Coletada com flores nos meses de fevereiro (Konno et al. 469), abril (J.M.A. Braga 1149), maio (N. Marquete 390), junho (J. Fontella 3110) e novembro (J.M.A. Braga 7267). Possui flores amarelas com odor desagradável (D.S.D. Araújo 720).
Fenologia: flowering (Fev~Fev), flowering (Apr~Apr), flowering (May~May), flowering (Jun~Jun), flowering (Nov~Nov)

Ameaças (4):

Estresse Ameaça Declínio Tempo Incidência Severidade
1.2 Ecosystem degradation 1.1 Housing & urban areas habitat,occurrence past,present,future local medium
A região da Área de Proteção Ambiental (APA) de Massambaba sofreu com um histórico de ocupação irregular, que, mesmo após a criação da APA, que visava a regulação do uso do solo da região, não impediu a persistência da ocupação irregular e desordenada (Santiago e Deslandes, 2011).
Referências:
  1. Santiago, R.B., Deslandes, R., 2011. POLITICAS PÚBLICAS E ORDENAMENTO TERRITORIAL EM ÁREAS DE PRESERVAÇÃO AMBIENTAL NA REGIÃO DOS LAGOS, RIO DE JANEIRO. Rev. Geográfica América Cent. 2.
Estresse Ameaça Declínio Tempo Incidência Severidade
1.2 Ecosystem degradation 1.1 Housing & urban areas occurrence,habitat past,present,future local high
A destruição das Restingas de Maricá tem levado ao declínio das espécies nativas que, atualmente, são encontradas apenas em manchas isoladas ou na área protegida de Maricá (Holzer et al., 2004).
Referências:
  1. Holzer, W., Crichyno, J., Pires, A.C., 2004. Sustentabilidade da urbanização em áreas de restinga: uma proposta de avaliação pós-ocupação. Paisagem e Ambiente. 49–65.
Estresse Ameaça Declínio Tempo Incidência Severidade
1.1 Ecosystem conversion 2.3 Livestock farming & ranching habitat,occurrence past local high
A ocupação do litoral pelos europeus iniciou um ciclo de exploração mais intensivo dos recursos naturais da faixa litorânea e, no caso das Restingas, onde o solo é “pobre”, há relatos do uso dessas áreas para a pecuária (Holzer et al., 2004).
Referências:
  1. Holzer, W., Crichyno, J., Pires, A.C., 2004. Sustentabilidade da urbanização em áreas de restinga: uma proposta de avaliação pós-ocupação. Paisagem e Ambiente. 49–65.
Estresse Ameaça Declínio Tempo Incidência Severidade
1.3 Indirect ecosystem effects 9.1 Domestic & urban waste water habitat,occurrence,occupancy past,present,future local high
O Plano de Manejo do Parque Nacional de Jurubatiba indica a presença de efluentes de esgoto em área de Restinga, no interior do Parque (MMA/ICMBio, 2007).
Referências:
  1. MMA/ICMBio, 2007. Plano de Manejo do Parque da Restinga de Jurubatiba 214 p.

Ações de conservação (1):

Ação Situação
1 Land/water protection on going
Ocorre no Parque Nacional de Jurubatiba (N. Marquete 390) e na APA Massambaba (J. Fontella 3110).